Categorias
Acontece Economia Notícias Tendências

Cenário vai se desenhando “menos negativo” que o esperado

 

o    Os dados de atividade seguem surpreendendo positivamente, sugerindo um recuo menos intenso do PIB neste ano. Além da melhora em diversos indicadores, há sinais de alguma estabilização no ritmo de disseminação da doença, reduzindo os temores de uma segunda onda.

 

o    Revisamos nossa estimativa do PIB deste ano de -5,9% para -4,5% e esperamos crescimento de 3,5% em 2021. A produção industrial e as vendas do varejo têm confirmado o movimento mais forte de melhora dos índices de confiança.

 

o    O ajuste nas contas externas deve ser mais moderado daqui para frente. A confirmação de um cenário doméstico mais positivo e redução da aversão ao risco abrem espaço para que a taxa de câmbio fique em R$/US$ 5,10 ao final deste e do próximo ano.

 

o    O IPCA deve encerrar 2020 em 1,9%, chegando a 3,1% em 2021. Esse processo de aceleração da inflação é esperado após um período atípico de deflação durante a pandemia, ocorrendo, portanto, uma gradual normalização em direção ao centro da meta.

 

o    Dessa forma, esperamos que a Selic permaneça em 2,25% até o final deste ano e que encerre 2021 em 3,00%. O balanço de riscos continua sugerindo cautela para este ano. Em 2021, com uma aceleração mais forte do crescimento no Brasil e no mundo, diminuição da incerteza (e com ganho de importância ao longo do ano das projeções de 2022 para o cenário prospectivo do BC) esperamos o início da normalização da política monetária na direção do juro neutro.

 

Fonte: DEPEC – Bradesco