A ata do Copom, relativa à última decisão de levar a Selic a 10,75% a.a., trouxe um diagnóstico mais duro em relação ao cenário de inflação, enfatizando a aceleração de serviços, a alta ainda persistente dos bens industriais e as recentes surpresas altistas com a inflação corrente. No balanço de riscos, o comitê enfatizou dois parâmetros importantes: a trajetória dos preços das commodities em reais e os riscos associados ao arcabouço fiscal.
Para as próximas reuniões, o Banco Central sinalizou que o ajuste monetário segue necessário, mas em um ritmo menor. Por ora, nossa expectativa é de que a Selic chegara a 12,25% no pico do ciclo, com espaço de corte para 11,75% até o final do ano, a depender da evolução do cenário macroeconômico.
Fonte: Bradesco – DEPEC