Desde os anos 1980, a maior fase de expansão da economia brasileira foi de junho de 2003 a julho de 2008, mostra estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas).
O ciclo durou 61 meses, enquanto a média de períodos de crescimento ficou em 28,7 meses.
Nesses cinco anos, a indústria se expandiu, as vendas do comércio registraram alta e a geração de emprego e renda cresceu.
O segundo melhor período foi entre fevereiro de 1987 e outubro de 1988, na gestão do ex-presidente José Sarney.
A análise foi realizada pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos, coordenado pelo ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, e teve participação de mais seis economistas.
O período mais difícil, de acordo com o levantamento, foi também no governo atual e durou seis meses: de junho de 2008 a janeiro de 2009, quando o país conviveu com a recessão.
Mesmo sendo menos afetado do que outros países, o Brasil sofreu nesse período reflexos da crise financeira internacional.
O maior intervalo de baixo desempenho, classificado de recessivo, por se estender por meses seguidos, ocorreu entre junho de 1989 e dezembro de 1991, prolongando-se até janeiro de 1992, num total de 30 meses.
Essa fase crítica começou em meio à campanha pela primeira eleição direta para a Presidência da República depois do regime militar (1964-1985).
De acordo com o estudo, nas três décadas analisadas, o Brasil passou por oito ciclos de negócios entre intervalos de fases boas e ruins.
Os períodos recessivos duraram, em média, 15,8 meses e os de expansão, 28,7 meses.