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Projeto da Reforma Tributária foi aprovado na Câmara

Em uma sessão longa e com quórum elevado, a Câmara dos deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição que visa reformar a tributação sobre consumo.

A proposta foi aprovada com folga, com 382 votos no primeiro turno da votação e 375 no segundo.

O texto agregará 5 tributos federais e estaduais em dois IVAs (Imposto sobre valor agregado), um de competência federal (CBS) e outro dos entes federados (IBS).

Apesar de novas concessões a alguns setores, os principais pontos da PEC-45, que vem sendo discutida há anos, foram mantidos.

As mudanças propostas têm o potencial de simplificar o sistema tributário, reduzir sua cumulatividade e mitigar a guerra fiscal no âmbito subnacional.

Ao longo do dia serão votados destaques em segundo turno. Em seguida, o projeto segue para o Senado.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Balança comercial seguiu forte no primeiro semestre

O saldo comercial registrou superávit de US$ 10,6 bilhões em junho, novo recorde histórico para o mês.

As exportações seguem em patamar elevado, enquanto as
importações perdem força na margem.

Destaque para o bom desempenho das exportações de grãos e petróleo, a despeito dos preços mais baixos no mercado internacional.

No ano, a balança acumula saldo de US$ 45,5 bilhões. Para 2023, projetamos um superávit próximo de US$ 75 bilhões.

Fonte:Bradesco-DEPEC

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Os eventos dessa semana reforçaram cenário de provável queda dos juros já em agosto

Na ata da última reunião, o Copom disse que a avaliação predominante é que haverá espaço para iniciar um “processo parcimonioso de inflexão” na próxima reunião.

O ciclo de cortes deve ser gradual e dependerá da continuidade da melhora da inflação corrente e das expectativas.

Nesse sentido, entendemos que a manutenção da meta de inflação dos próximos anos reduziu o risco de desancoragem das expectativas.

As metas de 2024 e 2025 foram confirmadas e a de 2026 foi definida também em 3%. Além disso, como vinha sendo sinalizado, o CMN decidiu substituir o regime de ano-calendário para um de metas contínuas.

Vale destacar que, no Relatório de Inflação, divulgado no quinta-feira, o Banco Central projeta IPCA em 3,1% ao final de 2025, no cenário em que a Selic é reduzida para 9%.

Já esperávamos uma evolução de cenário que poderia abrir espaço para antecipação do início dos cortes de juros para agosto, com redução da inflação corrente, sinais de desaceleração gradual da atividade e redução dos riscos de cauda do cenário fiscal.

Agora, com a manutenção do centro da meta em 3%, esperamos uma redução do desvio das expectativas de inflação de médio prazo em relação ao centro da meta.

Esses elementos devem permitir o início do ciclo de cortes em agosto, iniciando com – 0,25 p.p..

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Arrecadação federal avançou em maio, com destaque para tributos associados à massa salarial

Conforme divulgado ontem, a arrecadação somou R$ 176,8 bilhões em maio, uma alta de 2,9% na comparação interanual.

O movimento é explicado, sobretudo, pelo aumento da arrecadação de impostos relacionados ao mercado de trabalho e à massa salarial, como receitas previdenciárias e imposto de renda.

Além disso, a arrecadação de tributos relacionados ao consumo voltou a se recuperar, possivelmente já refletindo as medidas anunciadas pelo governo federal (reoneração dos combustíveis e mudança de cálculo dos créditos tributários do Pis/Cofins).

Ao longo do ano, a arrecadação deve seguir em trajetória gradual de recuperação. Por um lado, a queda das commodities deverá reduzir as receitas associadas ao lucro das empresas (IRPJ e CSLL) e aquelas não administradas pela Receita Federal, como royalties e participações.

Por outro, a resiliência do mercado de trabalho e as medidas tributárias anunciadas sustentam o aumento da
arrecadação.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, mas não trouxe sinalizações de início iminente de corte de juros no comunicado

Em relação à evolução do cenário, o colegiado avaliou que os indicadores recentes seguem compatíveis com uma trajetória de desaceleração da atividade econômica nos próximos trimestres, embora o forte desempenho do setor agropecuário tenha favorecido o resultado do PIB do primeiro trimestre.

A inflação ao consumidor, por sua vez, seguiu acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta em diversas medidas subjacentes, de acordo com o BC, que também alertou para a reaceleração das métricas de 12 meses em um futuro próximo.

As projeções do Copom para o IPCA no cenário de referência
passaram de 5,8% para 5,0% em 2023 e de 3,6% para 3,4% em 2024.

O colegiado optou por remover do comunicado as projeções do cenário de Selic constante ao longo de todo o horizonte.

Em relação à comunicação anterior, o Copom fez poucas mudanças na avaliação do balanço de riscos.

Do lado dos riscos de alta para a inflação, cabe destacar que o colegiado avalia que há alguma incerteza “residual” sobre o desenho final do arcabouço fiscal.

Do lado baixista, o BC seguiu elencando o risco de uma queda adicional dos preços das commodities em moeda local, mas qualificou que acredita que parte importante desse movimento já foi verificado.

Por fim, o comitê avaliou que a conjuntura atual segue demandando cautela e parcimônia.

De acordo com a comunicação, os próximos passos dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária, e das expectativas de inflação, destacadamente para os prazos mais longos.

Embora, em nossa avaliação, os dados de inflação tenham evoluído de maneira mais favorável desde a última reunião, o Copom trouxe poucos elementos que indiquem início iminente do ciclo de redução de juros.

Seguimos antevendo o início da flexibilização monetária em setembro, mas não descartamos um corte de juros em agosto, caso a evolução das variáveis destacadas pelo Copom continue favorável.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Choque de oferta no setor agrícola seguiu impulsionando atividade econômica no início do segundo trimestre

Em abril, o IBC-Br avançou 0,6% na margem, bastante acima do esperado pelo mercado (+0,1%).

Na comparação interanual, o indicador cresceu 3,3%. Em nossa leitura, a surpresa positiva foi explicada pelo desempenho do setor agropecuário, em especial por conta da safra de grãos recorde, já que a indústria, o comércio e o setor de serviços apresentaram variação negativa no período, segundo as pesquisas do IBGE divulgadas ao longo deste mês.

Para os próximos meses, esperamos desaceleração gradual da atividade econômica, refletindo a dissipação do choque agrícola e a moderação do consumo e dos investimentos.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Carteira de crédito do Sistema Financeiro Nacional cresceu 11,1% em abril na comparação interanual.

O resultado divulgado ontem pelo Banco Central corresponde a uma desaceleração em relação ao ritmo de 12,1% observado em março.

Na abertura por categoria de recursos, o crédito livre desacelerou de 10,7% para 8,8%, enquanto o direcionado avançou de 14,3% para 14,7.

Na abertura por segmento, a maior parte da desaceleração foi explicada pelo crédito às pessoas jurídicas.

Para os próximos meses, esperamos continuidade da desaceleração gradual do crédito do sistema, em linha com o aperto da política monetária e com a moderação gradual da atividade econômica.

Fonte: Bradesco – DEPEC

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Novo regime fiscal foi aprovado na Câmara

O texto base foi aprovado com 372 votos favoráveis, 108 contrários e uma abstenção.

Em relação ao último parecer do relator (dep. Cláudio Cajado), o texto trouxe mudanças marginais.

Chamamos atenção para alguns elementos que tornam o orçamento menos rígido, como a possibilidade de contingenciamento de investimentos, limitado a 25%.

Em relação às despesas de 2024, o texto manteve a possibilidade de um aumento acima da regra de 70% da receita líquida.

Esse aumento dependerá, agora, da projeção de aumento de receitas do governo para o próximo ano.

Por fim, seguirá o contingenciamento obrigatório das despesas e alguns gatilhos ao não cumprimento da meta de superávit primário.

Em resumo, a redação manteve os elementos do texto anterior, com algum reforço para o cumprimento das regras e uma flexibilização maior do gasto no curto prazo.

O texto agora segue para o Senado.

Fonte: Bradesco – DEPEC

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Agropecuária e consumo das famílias impulsionaram atividade econômica no primeiro trimestre

Divulgado na sexta-feira, o IBC-Br recuou 0,1% na passagem de fevereiro para março, conforme o esperado, mas avançou 5,6% na comparação interanual, bem acima do esperado pelo mercado (+3,7).

No primeiro trimestre como um todo, o IBC-Br avançou 2,4% ante o período imediatamente anterior.

Além do forte desempenho do consumo das famílias, inclusive no comércio varejista, que possui segmentos mais sensíveis à política monetária, esse resultado refletiu a dinâmica bastante positiva observada no setor agrícola, com destaque para a safra de grãos recorde esperada para a atual temporada.

Desse modo, a evolução dos indicadores vem confirmando nossa leitura de resiliência da atividade econômica neste semestre, a despeito do aperto monetário. Para o PIB do primeiro trimestre, a ser divulgado no início de junho, esperamos alta de 1,5% na margem.

Fonte: Bradesco – DEPEC