Em fevereiro, o saldo da balança foi de US$ 2,8 bilhões, superior à nossa projeção (US$ 2,3 bilhões) e com a surpresa sendo explicada pelo ganho de tração das exportações nos últimos dias úteis do mês.
Ainda assim, as exportações ficaram aquém do nível de fevereiro do ano passado, o que foi explicado pelo fraco embarque em quantum de petróleo, que registrou nível inferior à média dos últimos dez anos.
Outros dois produtos importantes para as exportações brasileiras, que são a soja e a carne bovina, também merecem destaque.
A quantidade embarcada de soja ainda não refletiu a safra recorde estimada para este ano, que registrou atraso na colheita, e deve acelerar a partir de março.
Já a carne bovina, com a confirmação de um caso atípico de vaca louca no final do mês, houve o embargo automático das vendas para a China, nosso principal comprador.
Nos primeiros dias do embargo, porém, os embarques de carne não sofreram alterações consideráveis e acreditamos que a resolução seja rápida e sem grandes impactos para a balança comercial.
Quanto às importações, houve uma melhora do resultado nas últimas semanas do mês, ainda que a quantidade importada também tenha sido inferior à de fevereiro de 2022.
Com isso, o resultado acumulado do primeiro bimestre do ano não altera a nossa expectativa de superávit de US$ 60 bilhões para 2023.
Fonte: Bradesco-DEPEC