Depois de mais de dez anos de discussões, alguns dos principais bancos brasileiros –Banco do Brasil, Bradesco e Santander– decidiram, finalmente, compartilhar a rede de caixas eletrônicos existente no país, informa Toni Sciarretta na edição de hoje da Folha.
O anúncio do que os bancos chamam de “estudos preliminares” neste sentido começou a ser feito ontem (10/02) em São Paulo.
No primeiro momento, serão partilhados os caixas que estão fora das agências.
Entre as grandes instituições financeiras, só ficou fora o Itaú Unibanco, o maior banco privado brasileiro e que, segundo fontes do mercado, era o que mais resistia à proposta.
O Bradesco tem 30.657 terminais de autoatendimento.
Já o Santander tem cerca de 7,6 mil, e o Banco Real (comprado pelo Santander), 11 mil.
O Banco do Brasil tem 40 mil caixas eletrônicos.
O Brasil é um dos poucos países em que os caixas eletrônicos não são universais.
Isso porque os bancos viam na abrangência da rede eletrônica de atendimento um ativo importante para se diferenciar das instituições de menor porte e alcance geográfico.
As discussões evoluíram bastante nos últimos meses com a iniciativa do governo de apertar a regulação junto às empresas de cartões de crédito, cujo mercado é ainda dominado por Cielo (antiga VisaNet) e Redecard, empresas que tinham exclusividade, respectivamente, das bandeiras Visa e MasterCard.
A exclusividade da MasterCard com a Redecard terminou no ano passado e a da Cielo com a Visa acabará neste ano.