• Ajustando o tom da sua avaliação para a inflação, comunicado do Copom tende a ancorar melhor as expectativas dos agentes
Conforme esperado, o BC manteve a taxa Selic inalterada em 2,00% a.a., por unanimidade. No cenário global, o comunicado divulgado reconheceu avanços nos testes com vacinas, por um lado, mas apontou a percepção de que os estímulos monetários deverão ter “longa duração”, o que é favorável para os emergentes. No cenário doméstico, a avaliação prevalecente continua sendo a de recuperação econômica, ainda que desigual entre os setores, nos próximos meses, mas com incerteza “acima do usual” para o período posterior ao fim dos auxílios
emergenciais. O BC reconhece que as últimas leituras de inflação ficaram acima do esperado, mas continua avaliando que os choques atuais são temporários. Contudo, o colegiado afirma que segue monitorando os preços com “atenção”, em particular os núcleos. Os modelos do BC apontam projeções mais elevadas para o IPCA de 2020 a 2022, mas ainda alinhadas com as trajetórias das metas de inflação.
• Crescimento das vendas do varejo indica continuidade da recuperação do consumo das famílias.
Em outubro, as vendas do comércio varejista cresceram 0,9% em relação a setembro, o que surpreendeu positivamente as expectativas.
Dentre as aberturas, destaque para o desempenho acima do esperado em supermercados e hipermercados. O indicador de vendas de móveis e eletrodomésticos registrou queda no período, mas permaneceu acima do nível de fevereiro, antes da pandemia. Quando incluímos as vendas de automóveis e de materiais de construção (varejo ampliado), observamos alta de 2,1% na margem, com contribuição positiva de ambos os segmentos.
Fonte: DEPEC – Bradesco