O Bradesco está muito perto de comprar 100% do Banco Ibi no México por cerca de R$ 200 milhões.
A expectativa é de que o negócio seja fechado em fevereiro.
Há pouco mais de sete meses, o Bradesco havia pago R$ 1,4 bilhão pelo Ibi no Brasil.
A nova transação trará à instituição cerca de 800 mil clientes mexicanos.
O acordo inclui uma parceria para a comercialização de produtos e serviços financeiros junto aos clientes da rede de lojas C&A no México.
A venda para o Bradesco faz parte da estratégia da holding suíça Cofra, dona da C&A, de se desfazer completamente de suas operações financeiras no mundo.
A primeira unidade a ser desintegrada foi a da Argentina, no primeiro semestre de 2009.
Depois da aquisição do ibi feita pelo banco brasileiro, as negociações para vender a empresa no México ficaram cada vez mais intensas.
A experiência do Bradesco nos segmentos de cartões e varejo contou bastante para que o negócio fosse fechado sem muitas hesitações.
Para o Bradesco, essa transação é uma oportunidade interessante de experimentar atividades num mercado emergente com potencial de crescimento.
Na América Latina, o México tem a maior taxa de financiamento de cartões de crédito comercial.
Dos 6 milhões de plásticos emitidos por redes varejistas no México, uma fatia de 13,3% pertence ao Ibi, que presta serviços exclusivos aos cartões de private label da C&A.
Entre os principais concorrentes no mercado local estão varejistas como El Palacio de Hierro, Sears, Sanborns, Coppel, Chedraui, Famsa, Mixup e Liverpool.
Depois de um período histórico de alternâncias entre nacionalização e privatização de serviços financeiros, o México está disposto a receber investimentos estrangeiros.
Os quatro mais influentes bancos no país, responsáveis por 88% do mercado de cartão de crédito, são instituições internacionais.
Essa enorme presença de capital estrangeiro se justifica diante de um cenário em que cerca de 40% da população do país ainda não possuem serviços bancários como conta corrente ou corretagem de seguros, por exemplo.