Conforme esperado, o Copom manteve a taxa básica de juros inalterada em 13,75%. O comitê reforçou sua atenção à trajetória corrente e esperada da inflação, que se encontra em patamar ainda elevado, apesar do alívio recém-observado em algumas aberturas, bem como uma moderação no ritmo de crescimento econômico.
Reiterou que seguirá vigilante, a fim de avaliar se a estratégia de manter a taxa de juros elevada por um período prolongado será adequada para assegurar a convergência da inflação em torno da meta, com o horizonte relevante situado em seis trimestres adiante. Caso o cenário de desinflação e ancoragem das expectativas em torno da meta não se confirmem, o comitê reforçou que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste.
Na nossa avaliação, o comunicado endossa o fim do ciclo de altas de juros, mas o cenário base do comitê ainda não possibilita a reversão do patamar restritivo da política monetária dentro de um futuro próximo. Portanto, mantemos nossa visão de que os cortes de juros devem ocorrer apenas a partir de meados do próximo ano.