Provavelmente você já ouviu falar sobre a primeira exibição de um filme na história. Os irmãos Lumière criaram uma sequência de imagens de um trem chegando a uma estação. Essa sequência de imagens deu início ao que hoje é a tecnologia dos filmes que gostamos tanto de assistir. Na sua primeira exibição, porém, as pessoas não entenderam que aquilo era apenas a representação de algo, não a realidade. Quando a imagem do trem estava chegando à plataforma, diversas pessoas saíram correndo na sala, acreditando que o trem de fato as atropelaria. Elas não estavam preparadas para o que estava acontecendo ali.
Muitos líderes atuais reagem de modo semelhante quando uma mudança nos paradigmas acontece. Eles fogem por não saberem o que fazer com o que está sendo apresentado, sem procurar entender o evento e, assim, agir como ele demanda. Assim, seu modelo de negócio fica arcaico e esquecido pela história.
Na década de 1970, Gordon Moore criou o microprocessador que permitiu que toda revolução tecnológica atual também acontecesse. Ele previu, acertadamente, que a cada 18 meses, em média, a capacidade de processamento de qualquer sistema iria dobrar. Assim, vemos a evolução da tecnologia acontecer em uma velocidade vertiginosa criando infinitas possibilidades.
Com o avanço tecnológico crescendo de maneira exponencial, tudo avança de forma muito mais acelerada e barata do que nas formas tradicionais. Porém, a tecnologia não é o único alicerce da transformação. Existe outra arena que se desenvolveu de forma extraordinária nos últimos anos: a comunicação ou, de modo mais específico, a revolução causada pela internet. A partir das mudanças trazidas pela tecnologia em união com as novas maneiras de comunicação desenvolvidas por ela, até mesmo os negócios mais tradicionais tiveram que rever todo o seu funcionamento para garantir a sobrevivência nesse mundo novo.
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É de conhecimento geral que os bancos possuem um modelo bastante antigo e tradicional de funcionamento, já que sua origem remonta a séculos atrás. Evidentemente que muitas mudanças foram feitas ao longo de todo esse tempo, mas sua raiz continua basicamente a mesma. Recentemente, porém, até as formas de negociação entre bancos e clientes estão sofrendo grandes mudanças.
Por causa das transformações que o avanço tecnológico está trazendo, apresentando novas possibilidades de negócios, mesmo grandes instituições precisam repensar toda a sua estrutura para garantir a sobrevivência neste novo mundo. A concorrência se torna cada vez mais ágil e se aproveita de espaços antes inexplorados, forçando todos a mudarem tudo lugar rapidamente.
Exemplo do Nubank
Um exemplo que citamos em Gestão do Amanhã é o modelo de negócio do Nubank.
A partir da facilitação que a tecnologia de processamento criou em união com a internet, essa organização foi capaz de atrair a atenção de milhões de pessoas para o seu produto, oferecendo serviços financeiros de uma forma completamente inédita até então. Essa revolução na forma dos consumidores lidarem com o mercado financeiro forçou grandes e tradicionais empresas a repensarem e remodelarem seus próprios conceitos. Os idealizadores do Nubank ignoraram os alicerces tradicionais do setor e criaram a solução que queriam, baseados em um novo uso das ferramentas disponíveis.
Ameaça ao monopólio dos gigantes
A principal ameaça ao monopólio dos gigantes, em qualquer área, não vem mais das novas companhias tradicionais do segmento ou dos movimentos estruturais de capitais que acontecem em todo o mundo. A ameaça vem das startups, dezenas de FinTechs (empresas novas do mercado financeiro) que surgem diariamente em todo o planeta, que, aproveitando o casamento da Lei de Moore com a internet, destruíram todas as barreiras de entrada.
Logo, a grande questão é que com a facilitação do acesso a informação sobre os consumidores de forma barata destrói as estruturas que foram firmadas séculos atrás. Com a evolução exponencial da tecnologia, o que antes era tido como padrão básico, já não funciona assim tão bem. Não obstante, com todas as transformações que ocorreram e ainda estão acontecendo não existem mais obstáculos que impeçam tantas mudanças.
O atual momento de nossa sociedade pode ser resumido pelo pensamento darwinista:
Não basta ser forte e grande, vence aquele que melhor se adapta ao ambiente.
Por não enxergar isso, diversas empresas que eram verdadeiros impérios sucumbiram ao sucesso de outras pequenas, mas poderosas, organizações que souberam aproveitar o que o ambiente lhes oferece, seguindo por caminhos alternativos. No entanto, todas devem preparar as bases de seu negócio para serem completamente transformadas a qualquer momento, a fim de garantir a própria sobrevivência nesse mundo louco e imprevisível em que vivemos.
Conclusão:
Consequentemente, a construção de um novo modelo de gestão está em curso. Se as empresas desenhadas para terem sucesso no século XX estão fadadas ao fracasso neste novo século, qual deve ser a arquitetura da companhia bem-sucedida no século XXI?
Por fim, diga pra gente nos comentários abaixo:
Como será o modelo de negócios moderno?
O artigo original pode ser lido aqui.
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