Fim do IPI acelera vendas em até 220% na região

O fim da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na venda de fogões, geladeiras e lavadoras provocou uma corrida dos consumidores para aproveitar os últimos dias do benefício.

No seu último fim de semana, as lojas da região estimam que a procura cresceu até 220%, quando comparado ao fim de semana dos dia 24 e 25 de janeiro. “Foram três dias fortíssimos. Agora, entraremos na questão normal de vendas. Logicamente que mantendo os preços do estoque, ainda teremos uma boa saída, mas a tendência é que o estoque venda rápido, dure só mais 20 dias”, diz o gerente de compras da Coop, Edson Rodrigues. Ele afirma que, entre os produtos da linha branca, os refrigeradores foram os que tiveram maior procura. “Fornos micro-ondas venderam 102% a mais, lavadoras 176% e refrigeradores, 220% de aumento”, conta. Grandes redes também tiveram aumento nas vendas. O Carrefour triplicou a saída dos produtos no fim de semana, enquanto que o Grupo Pão de Açúcar – que contempla lojas do Extra e Ponto Frio – registrou elevação de 120% nas vendas de refrigeradores, lavadoras e fogões. No Walmart, as vendas dos eletrodomésticos aumentaram 250%. A Casas Bahia não divulgou o balanço das vendas, mas afirmou, em nota, que a rede deverá “manter sua política agressiva de promoções a exemplo do que já vem fazendo com a linha branca”. DESACELERAÇÃO – Com o fim do benefício fiscal que também não deve ser renovado em outros produtos (leia mais ao lado), lojistas esperam leve queda nas vendas neste ano. Segundo Rodrigues, mesmo com o crescimento do setor esperado pelo Ministério da Fazenda, será difícil bater os números de 2009. “Existe uma acomodação natural para que os preços caiam. No começo, o mercado está desbalanceado, mas esperamos com o decorrer do ano acertar isso.”

Walmart ainda quer ativos do Carrefour

A rede Walmart, ainda alimenta esperanças de comprar as operações no Brasil do Carrefour, a segunda maior empresa global do setor supermercadista.

Fontes ouvidas pelo Valor afirmam que “passa pela cabeça” dos acionistas do Carrefour vender os ativos no Brasil.

No entanto, as mesmas fontes também acreditam ser pequena a possibilidade de que os franceses fechem negócio.

O preço que os sócios do Carrefour têm em mente é bastante elevado, sugere uma fonte, e o Walmart é considerado um duro negociador – uma primeira oferta feita pelos americanos no ano passado foi rejeitada pelos franceses.

A imprensa internacional estimou que as operações do Carrefour na América Latina poderiam valer algo entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões.

Em 2009, o grupo faturou na região US$ 13,4 bilhões.

Portanto, os valores estimados representariam entre 20% e 40% das vendas brutas.

Mas já saíram aquisições no Brasil por múltiplos superiores a esses.

Desde agosto de 2009, quando os jornais de Paris revelaram pela primeira vez que os acionistas do Carrefour pretendiam vender as operações no Brasil e na China, a multinacional francesa já negou várias vezes a informação.

Sempre que o assunto vem à tona, há um desgaste e stress à administração do grupo no Brasil, que suspeita que seus concorrentes se beneficiem dessa situação.

Há poucos dias, Lars Olofsson, presidente-executivo do Carrefour, voltou a dizer que a empresa vai investir no Brasil e na China e que vê esses países como mercados prioritários.

O Carrefour anunciou um investimento de R$ 2,5 bilhões no Brasil em 2010 e 2011.

O Walmart vai investir cerca de R$ 2 bilhões neste ano, quando pretende abrir até 110 lojas.

O Grupo Pão de Açúcar divulgou um orçamento de R$ 5 bilhões entre 2010 e 2012.

Ao que tudo indica, o Walmart parece ter, por enquanto, mais interesse em comprar os ativos do Carrefour no mercado brasileiro do que o Carrefour teria interesse em vendê-los.

A competição na América Latina, contudo, tem se tornado cada vez mais difícil para o Carrefour.

O forte avanço do Walmart nos últimos cinco anos fragilizou a posição da multinacional francesa, que já saiu do Chile e do México.

Hoje, além do Brasil, o Carrefour só possui operações na Argentina e Colômbia, mas que são bem menores que as brasileiras.

Em 2009, o faturamento da varejista francesa na Argentina foi de US$ 2,7 bilhões e, na Colômbia, de US$ 1,3 bilhão.

No Brasil, as vendas totalizaram US$ 9,3 bilhões.

Enquanto o Carrefour reduziu sua presença na América Latina , o Walmart se expandiu a passos largos na região.

A multinacional americana, que já é líder no México e também possui uma forte presença nos países da América Central, comprou há um ano a maior varejista do Chile, a D&S.

No Brasil, o Walmart também tem feito pesados investimentos.

E isso obriga os concorrentes a despejar somas semelhantes no país para não perder participação de mercado.

A possibilidade de o Carrefour sair do Brasil causou surpresa no mercado.

Alguns consultores avaliariam que seria um “erro” estratégico deixar o país nesse momento já que, na Europa, o consumo está estagnado.

Uma fonte consultada pelo Valor, contudo, discorda.

A venda dos ativos no Brasil não seria nenhuma “catástrofe” para o Carrefour porque ainda é na Europa que a varejista obtém grande parte dos seus resultados.

O mercado europeu responde por 80% do lucro operacional.

Como o Carrefour passa por uma reestruturação, é natural que a empresa busque se concentrar neste momento no mercado que é, de fato, importante e essencial: o europeu.

O próprio Walmart não enfrenta o Carrefour na Europa.

A varejista americana saiu da Alemanha e só está presente no Reino Unido.

Novo site do Shopping Curitiba já está na rede

Depois da revitalização completa de sua estrutura física e da implementação de um novo conceito no Shopping Curitiba, agora foi a vez da reformulação do site do empreendimento. O www.shoppingcuritiba.com.br já está com um visual totalmente novo desenvolvido pela OpusMúltipla. O shopping definiu uma identidade visual moderna com um layout clean e ao mesmo tempo arrojado. Segundo a gerente de marketing do empreendimento, Paola Noguchi, a navegação foi desenvolvida para atender às necessidades dos clientes que procuram no site informações de forma rápida e prática. Um dos exemplos disso é a programação de cinema que está organizada por horários. ?Ele é extremamente visual e dinâmico, mas sem tirar a simplicidade e praticidade para quem procura uma loja?, explica Paola. Entre as informações disponíveis estão as notícias mais recentes, programação de cinema, informações institucionais, serviços e programação cultural do Largo Curitiba. Além de muitas outras informações práticas como contato das lojas e horário de funcionamento. A inovação no site fica por conta da seção ?Vitrine? que apresenta as últimas novidades de produtos das lojas que fazem parte do empreendimento. Entre eles, os últimos lançamentos da estação, as peças de tendência de moda, objetos e equipamentos que estão sendo mais procurados pelos clientes do shopping.

Lei é aprovada para empresas aderirem licença maternidade de seis meses

As futuras mamães que trabalham em empresas privadas já podem comemorar a permanência com o bebê por mais dois meses, além dos 120 dias que já lhe são de direito, somando um total de 6 meses de licença maternidade. O informe da publicação foi feito pela Receita Federal através da Instrução Normativa n°991, no dia 21 de janeiro, quinta-feira. A lei começou a valer no fim de janeiro. Em 10 de setembro de 2008, as servidoras públicas haviam conquistado este direito e são protegidas através da Lei n°11.770. A iniciativa é atribuída ao programa ?Empresa Cidadã?, que prevê o abatimento de impostos para as empresas que prorrogarem a licença maternidade das parturientes. Neste período, o salário é pago pelo empregador. As empresas que podem usufruir do benefício de abatimento no imposto de renda são aquelas que fazem declaração pelo lucro real. O grande benefício para as empresas é que o valor integral dos dois meses de salário pagos adicionalmente podem ser descontados no Imposto de Renda. A mãe deve requerer a extensão à empresa até um mês depois que a criança nascer. A empresa interessada em participar do Programa Empresa Cidadã deve fazer a adesão no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br).

Remo Fenut inaugurou nova loja no Shopping Metro Itaquera

A Remo Fenut, grife de roupas masculinas, inaugurou no último dia 26 de Janeiro uma nova loja com 65 m² no Shopping Metro Itaquera, em São Paulo. Na vitrine da nova loja estão os destaques da atual coleção da Remo Fenut, vestida no catálogo editorial pelo ator Thiago Lacerda. ?Estamos muito otimista com a abertura de mais esta loja que fica muito bem localizada. Os consumidores da região que gostam das roupas da nossa confecção terão um lugar mais perto para comprar.?, explica Fernanda S., supervisora da grife. Para 2010 a Remo Fenut promete deixar todas as lojas com layout atualizado. ?A do Shopping Metro Itaquera já terá esse novo formato. Além disso, continuar nosso trabalho de produtos com qualidades, preços acessíveis e novidades exclusivas a todo momento.?, finaliza a supervisora. A grife vende no atacado e varejo e oferece tudo em artigo masculino como ternos, camisas, calças, gravatas, prendedores e todos os acessórios, menos sapatos. Além da loja que será inaugurada em Itaquera, a Remo Fenut também está no Shopping D, em São Paulo; Internacional Shopping Guarulhos (SP); ABC Plaza Shopping, em Santo André (SP); Shopping Metrô Tatuapé e Shopping West Plaza, estes na capital paulista; Shopping Praça da Moça, em Diadema (SP), além de uma unidade de rua no Brás, bairro de São Paulo, na Rua Dr.Ricardo Gonçalves, número 99. Para conhecer mais sobre a grife acesse www.remofenut.com.br.

Obama deve vir ao Brasil em 2010 assinar cooperação comercial

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve vir ao Brasil até meados do segundo semestre deste ano para assinar um acordo bilateral de cooperação comercial com assuntos controvertidos como etanol e suco de laranja.

A ideia é ampliar as relações dos EUA com a América Latina, a partir do contato com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A informação foi confirmada pelo embaixador dos EUA em Brasília, Thomas Shannon, em conversa com o chanceler brasileiro, Celso Amorim.

Amanhã (04/02), Shannon entregará as credenciais de embaixador a Lula.

Espera-se também para teste ano, a visita da secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

Na última segunda-feira (01/02), o governo Obama fez uma cerimônia de confirmação de Shannon no cargo, na prédio do Departamento de Estado, em Washington.

Essa solenidade reuniu cerca de 300 pessoas entre parlamentares, representantes do governo e diplomatas.

No discurso, Hillary destacou o papel do Brasil.

Segundo a secretaria de Estado, o presidente Lula exerce um papel de liderança regional na América Latina.

Hillary ressaltou que o governo Lula participa de principais negociações internacionais, sem se esquivar de tema algum.

Para ela, os destaques da atuação brasileira se devem às discussões sobre clima e energia.

De acordo com informações da Agência Brasil, em sua visita, Hillary irá definir os termos do acordo de cooperação que deverá se basear na consolidação de um mecanismo de consulta para promover o comércio e investimentos.

O documento não irá acabar com as tarifas nem as barreiras comerciais, mas servirá de instrumento de facilitação de negociações bilaterais.

Depois de um bom começo na relação entre Obama e Lula, iniciado pela visita do brasileiro a Washington em março passado e embalado por elogios públicos do norte-americano, os dois líderes viram seus interesses e posições se chocarem.

Divergências mais gerais, como as em relação a metas climáticas e negociações do comércio exterior, foram engrossadas por episódios pontuais, como a ampliação da presença americana nas bases militares colombianas e a decisão de Lula de receber Ahmadinejad.

No auge da tensão, Obama escreveu uma carta ao brasileiro, e o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse haver “um certo sabor de decepção que queremos que seja revertido” sobre as posições americanas.

Antes, Amorim cobrara “maior franqueza” dos EUA com a região.

Agora, os dois países tentam retomar o clima de entendimento inicial.

Contam com o fato de os postos principais nas respectivas embaixadas estarem finalmente ocupados.

Shannon chegou a Brasília na semana passada, depois de sete meses de espera causada por disputas políticas internas entre democratas e republicanos.

Tarso Genro deixará ministério no dia 10 de fevereiro

O ministro da Justiça, Tarso Genro, acertou esta semana com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que deixará a Pasta no dia 10 de fevereiro para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul.

O ministro é o primeiro dos 15 a deixar o cargo para concorrer nas eleições de outubro.

O novo ministro da Justiça será anunciado no início da próxima semana.

Dois nomes são cogitados: o do deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) e o do atual secretário-executivo do ministério, Luiz Paulo Barreto.

A eventual escolha de Cardozo representaria uma exceção.

Lula já havia deixado claro que espera contar com os ministros atuais: e impôs a regra de designar os atuais secretários-executivos para concluir o governo em substituição aos ministros candidatos em outubro.

O Valor apurou que o perfil do Ministério da Justiça favorece a escolha de Cardozo.

É uma Pasta com forte conteúdo político e interface constante com os tribunais, especialmente Tribunal Superior Eleitoral, Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça.

Procurador licenciado, Cardozo tem livre trânsito nos tribunais superiores.

Além disso, tem perfil conciliador e dialoga bem com a oposição, características que podem diminuir os atritos em um ano eleitoral.

Para completar, Cardozo ainda faz parte da mesma tendência partidária que Tarso Genro, a Mensagem ao Partido.

Após audiência com Lula ontem, o ministro da Justiça não quis manifestar preferência por qualquer dos nomes.

“Convivi três anos com Barreto e sei da sua competência técnica; já Cardozo é um grande jurista e um deputado qualificado ” , comentou.

“Caberá ao presidente Lula definir quem será o substituto; do meu ponto de vista, os dois são ótimos nomes ” , ressaltou o ministro.

Segundo um auxiliar do presidente, Lula, apesar das qualificações de Cardozo, pode optar pelo secretário-executivo para evitar uma crise desnecessária em uma Pasta tão importante para o governo.

Uma exceção à regra no Ministério da Justiça poderia fazer com que Luiz Paulo Barreto pensasse estar desprestigiado e levá-lo a pedir para sair.

” Não seria algo proveitoso nessa reta final de mandato ” , avaliou um ministro próximo ao presidente.

Genro levou ontem ao presidente Lula um balanço de todas as ações desenvolvidas pelo Ministério da Justiça, com a intenção de mostrar que não faria diferença ele se desincompatibilizar agora ou no prazo máximo estabelecido pela legislação eleitoral – a data limite é 3 de abril: “Tenho um sentimento de saudade misturado ao de dever cumprido; estou nesse governo há sete anos.

” A primeira função exercida por ele foi presidir o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), em 2003.

Depois, Genro deixou o governo, retornando no início de 2004, para assumir o Ministério da Educação.

Pediu nova licença, no auge da crise do mensalão, em 2005, para ocupar o cargo de presidente nacional do PT.

Ocupou mais duas Pastas no Executivo após essa breve missão partidária: ministro da coordenação política e, por último, ministro da Justiça.

Tão logo deixe o governo, Genro começa a viajar pelo interior do Rio Grande do Sul.

“É um Estado complexo e muito politizado.

Mas o presidente estará comigo na campanha para nos ajudar a ganhar a eleição ” , declarou o ministro da Justiça.

Segmentação é prioridade de redes de varejo

Telhanorte, Grupo Pão de Açúcar, Contém 1g, Casa do Pão de Queijo e Amway são algumas das redes que começam a adaptar suas operações, lojas e produtos para atender melhor o seu público-alvo, seja ele das classes A, B, C ou D.

Assim, o varejo no Brasil está seguindo e até antecipando tendências internacionais do setor, já que um dos destaques da última edição da National Retail Federation (NRF), a maior feira mundial de varejo, ocorrida em janeiro em Nova York, foi o processo de segmentação e racionalização do mix de redes varejistas, com o foco para atender um público e classes específicas.

No caso da Saint-Gobain Distribuição (que detém as marcas de material de construção Telhanorte, Center Líder e Pro Telhanorte), a opção é ter diferentes bandeiras para atender cada público, sendo que recentemente resolveu apostar na classe C com a compra da Center Líder, mantendo a marca Telhanorte para atender um público A e B.

Segundo Marcelo Rosse, diretor de Mercadorias e de Marketing de Produtos da Saint-Gobain, das 10 unidades Center Líder, quatro já foram convertidas em Telhanorte, por estarem em locais em que predominava seu público-alvo.

Este ano, a rede afirma que terá crescimento na casa dos dois dígitos e superior ao de 2009.

Outro objetivo é otimizar sua logística, com intenção de abrir até um novo centro de distribuição em Guarulhos, Grande São Paulo.

Por processo semelhante, deve passar o Grupo Pão de Açúcar após adquirir a Casas Bahia e o Ponto Frio.

De acordo com Abílio Diniz, presidente do conselho do grupo, e os diretores da companhia disseram após a aquisição, a intenção é manter a bandeira da Casas Bahia para as classes C e D e posicionar melhor o Ponto Frio, para as classes A e B, até com possível novo visual e lojas mais modernas.

Com a existência de 100 lojas conflitantes das marcas, há previsão de conversão de unidades de acordo com a região em que estão.

Produtos Uma rede que viu uma oportunidade maior de crescimento focando uma categoria de produtos é a Contém 1g, que aposta na maquiagem, mercado que cresceu 25% em 2009.

A mudança ocorreu não só no mix, mas em todo o posicionamento da marca, que entrou no segmento de beleza operando apenas com vendas diretas, mas depois começou a abrir franquias e hoje possui 190 lojas, que já representam 90% das suas vendas, enquanto a venda por catálogo é responsável apenas pelos 10% restantes.

A intenção é ainda aprimorar seu novo conceito de lojas, em que podem oferecer mais serviços.

“Desde o crescimento das nossas franquias sentimos essa necessidade de reavaliar o negócio.

Os concorrentes têm vários produtos no mix, mas vimos que oportunidade de crescer era muito maior se focássemos um nicho”, explica a gerente de Marketing da marca, Paula Jacomassi Quintana.

Com a estratégia, ela afirma que já está tendo grande reflexo positivo na receita e valorização da marca.

Já no caso da Casa do Pão de Queijo, uma das maiores redes de franquias do Brasil, com mais de 450 unidades, a opção é por manter um cardápio mais enxuto, antigamente a rede vendia uma maior opção de salgados, estratégia da qual desistiram para focar no que sabem fazer melhor: o pão de queijo, oferecendo apenas alguns lanches e salgados, ampliando a qualidade e reduzindo custos operacionais.

De acordo com Alberto Carneiro, hoje presidente da rede, houve retorno imediato: “conseguimos manter e até subir o gasto médio dos clientes com a mudança”.

Hoje, até oferecem mais opções, mas mantém cuidado para não perder o foco.

“Se entramos com dois produtos, procuramos tirar outros dois.

” A rede ainda está repaginando as suas unidades, no ano passado foram 32 lojas reformadas e este ano entre 20 a 40 unidades devem ganhar novo visual – o que afirmam ter um impacto de até 30% nas vendas.

As 35 lojas previstas para abrir em 2010, também já ter

Maioria das empresas não está pronta para nova norma contábil

A maior parte das empresas brasileiras ainda não está preparada para fazer seus demonstrativos contábeis pelos padrões internacionais do IFRS (International Financial Reporting Standards), como é obrigatório a partir deste ano.

A avaliação é do presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Antonio Duarte Carvalho de Castro, e dos sócios da Ernst & Young, Mauro Moreira e Fernando Magalhães.

“Aquelas empresas que já fizeram operações internacionais, as que possuem ADRs e as empresas de capital aberto que são subsidiárias de multinacionais estão preparadas, mas a grande maioria das empresas não está”, disse Castro.

“De cerca de 440 empresas listadas na Bovespa, as preparadas são talvez menos de 100, o que dá entre 20% e 25%.

Então, as demais vão ter um desafio.

” Castro comentou que a mudança na Europa foi muito difícil, mas “quando feita há cinco anos, a distância do padrão anterior para o IFRS era muito menor que a existente no Brasil agora”.

Moreira, por sua vez, observou que as modificações contábeis na Europa provocaram grande impacto nos resultados das empresas.

“O mesmo pode acontecer no Brasil” diz.

No primeiro ano de adoção do IFRS na Europa, houve grandes alterações no patrimônio líquido (PL) das companhias – como um aumento de 49% no da Endesa e uma redução de 52% no da British Airways, de acordo com Moreira.

Mas também houve empresas que não sofreram nenhuma mudança no PL, como a British Petroleum (BP).

A companhia aérea britânica, por outro lado, teve um aumento de 47% no seu lucro, enquanto a Endesa teve uma redução de 9% no resultado, segundo tabela da Ernst & Young.

Mas houve também quem tivesse mudanças na mesma direção com a alteração de padrão contábil na Europa, de acordo com a tabela.

A tele Vodafone aumentou seu PL em 15% e seu resultado em 194%.

Mesmo dentro de um mesmo setor, os impactos no primeiro ano de mudança na Europa foram diferenciados.

A espanhola Telefónica teve redução de 24% no PL e aumento de 10% no resultado.

Moreira, que é sócio de auditoria e chefe do escritório do Rio da Ernst & Young, lembra que é uma obrigação das empresas brasileiras apresentarem seus balanços de 2010 comparados com os de 2009 pelo padrão IFRS.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dispensou as empresas de apresentarem suas demonstrações trimestrais pelo IFRS já ao longo do ano, mas exigindo que, se optarem por isso, o façam retroativamente, no máximo até apresentarem o balanço do ano de 2010