Brasil bate recorde de importações no mês de janeiro

As importações feitas por brasileiros bateram o recorde histórico para os meses de janeiro, de acordo com dados divulgados no dia 1º de fevereiro pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

A média diária no mês passado foi de US$ 573,6 milhões, valor 16,8% maior do que o registrado em 2009, quando a economia sofria os impactos da crise econômica.

Para o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, apesar do aumento não há uma “explosão de importações”, e o que preocupa o governo são as exportações, que não estão se recuperando no ritmo desejado.

“Nossa grande preocupação é a competitividade das exportações”, afirmou, acrescentando que o governo estuda medidas para estimular a venda de produtos brasileiros para o exterior.

Em janeiro, as exportações foram de US$ 565,3 milhões, valor 21,3% superior a janeiro de 2009, quando caíram por conta da crise econômica.

No mês passado, a balança comercial fechou com deficit de US$ 166 milhões.

O resultado negativo poderia ser ainda pior não fosse a exportação de US$ 1 bilhão em petróleo bruto registrada no mês passado –em janeiro de 2008 havia sido de US$ 325 milhões.

Argentina As exportações de produtos brasileiros para a Argentina cresceram 58,9% em janeiro.

O total chegou a R$ 973 milhões, contra R$ 643 milhões em 2008.

No total, as exportações para o Mercosul subiram 61,6%.

CNT/Sensus aponta empate técnico entre Serra e Dilma

O governador de São Paulo, José Serra, e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, estão tecnicamente empatados na disputa para a Presidência da República, segundo avaliação da pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNT) e do Instituto Sensus.

Dilma tem 9,5% das intenções de voto e Serra, 9,3%.

A margem de erro é de 3%.

Numa segunda lista, em que aparecem Serra, Dilma, Ciro Gomes e Marina Silva, na avaliação do Instituto Sensus, houve uma transferência de votos de Ciro para Serra e Dilma, quando observados os dados da pesquisa anterior, realizada em novembro do ano passado.

Na última pesquisa, Serra tinha 31,8% das intenções de votos, Dilma, 21,7%, Ciro estava com 17,5% e Marina, com 5,9%.

No levantamento divulgado hoje, Serra, com 33,2%, e Dilma, com 27,8%, sobem nas intenções de votos e Ciro (11,9%) tem uma queda.

Marina também teve aumento nas intenções de voto de 0,9 ponto percentual.

“Se compararmos os cenários, vamos ver que os votos de Ciro Gomes são divididos entre os dois candidatos, mas vão mais um pouco para a Dilma do que para o Serra.

?, afirmou o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes.

Guedes disse ainda que os números mostram que Dilma já está consolidando sua candidatura.

Isso porque a diferença entre ela e Serra está caindo.

Na pesquisa anterior, a diferença entre Dilma e Serra era de 10,1 pontos percentuais e na pesquisa realizada em janeiro é de 5,4.

?Dilma Rousseff atingiu um nível que indica consolidação da candidatura do ponto de vista da percepção do eleitor.

Ela passou a ser uma candidata efetivamente competitiva?, afirmou o diretor.

A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 25 e 29 de janeiro em em cinco regiões, 24 estados, 136 municípios e com dois mil entrevistados.

Veículos populares lideram vendas no País

Quase todos os segmentos de veículos cresceram em 2009, mas foram os modelos populares de automóveis, caminhões e tratores que lideraram as vendas, justamente os que tiveram maiores incentivos governamentais.

Nos três casos que envolvem veículos mais baratos em cada categoria, os negócios superaram os resultados totais de mercado.

A tendência deve ser mantida neste ano, avaliam representantes da indústria.

O desempenho também corrobora análises de que muitos consumidores tiveram acesso ao primeiro veículo justamente com a aquisição de modelos que as montadoras chamam “de entrada”, ou seja, os mais baratos de cada categoria.

A venda total de automóveis aumentou 12,8% em 2009 na comparação com 2008, mas o segmento de modelos com motor 1.0 registrou crescimento de 17,4%.

O consumo de carros com motor acima de 1.0 até 2.0 cresceu 8,4% e os mais potentes, acima de 2.0, avançou 1,2%.

Na área de caminhões, a categoria dos leves cresceu 9,7%, enquanto a de médios caiu 6,4%, a de semipesados, 9,7%, e a de pesados, 20%.

No total das vendas, o segmento amargou queda de 10,2%.

A faixa de semileves, composta basicamente por vans de grande porte, caiu 26%.

O segmento de máquinas agrícolas cresceu 1,5%, resultado só atingido porque os tratores de pequeno porte, com até 75 cavalos de potência, apresentaram incremento de 23,5% nas vendas.

Com isso, os negócios com tratores em geral aumentaram 4,7%.

Os tratores de esteira caíram 14,2%, os cultivadores 5%, colheitadeiras, 14,4% e retroescavadeiras, 8,6%.

“O principal fator que impulsionou as vendas dos carros com motorização 1.0 foi a redução de preço proporcionada pela concessão do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) zero por parte do governo para esse segmento, que vigorou até setembro”, diz Fabricio Biondo, gerente-executivo de Planejamento de Marketing da Volkswagen do Brasil.

Em novembro, a alíquota do imposto foi ampliada para 1,5% e em novembro para 3% e permanecerá nesse nível até março.

Em abril, se não houver nova prorrogação de corte, voltará aos 7% previstos na legislação tributária.

Brasil já enfrenta falta de mão de obra

O mercado de trabalho foi um dos últimos a se recuperar da crise, mas o medo de perder o emprego já é passado para os brasileiros.

Empresas, comércio e serviços não só voltaram a contratar, como falta trabalhadores com qualificação suficiente para preencher vagas.

Empresários e analistas temem a repetição do “apagão de mão de obra” de 2008, o que comprometeria o avanço sustentável da economia.

“Toda vez que o Brasil cresce 4,5% ou mais, falta mão de obra qualificada”, disse o professor da Universidade de São Paulo (USP) José Pastore, especialista em trabalho.

No mercado, prevê-se que o Produto Interno Bruto (PIB) suba de 5% a 6% este ano.

O déficit de trabalhadores qualificados é preocupante na construção civil, mas ocorre também no agronegócio, na saúde, em hotéis e até em alguns ramos da indústria.

Uma estimativa da consultoria LCA, com base no Cadastro Geral de Trabalhadores (Caged) e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), aponta que o número de brasileiros empregados atingiu 32,28 milhões em novembro de 2009, 1,1 milhão a mais que em outubro de 2008, antes da crise, quando o problema de falta de mão de obra qualificada era grave.

Em dezembro, com a demissão dos temporários contratados para o Natal, caiu para 31,87 milhões, 685 mil a mais que antes da crise.

Há uma diferença entre os setores.

Na construção, no comércio e nos serviços, o número de empregados supera o nível anterior à crise.

Na indústria, há 289 mil pessoas sem emprego em relação a outubro de 2008.

“Tem um estoque de trabalhadores qualificados à disposição no setor”, disse o economista da LCA Fábio Romão.

Ele prevê que a indústria retomará o nível de antes da crise em meados do ano.

“Em alguns meses, teremos falta de mão qualificada geral”, prevê o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.

Campinas Shopping aumenta o mix de lojas do empreendimento

Para reforçar o mix de lojas do empreendimento e oferecer aos seus clientes mais uma opção de serviços, o Campinas Shopping inaugurou no fim de janeiro o Antony Beauty Center, uma das redes de cabeleireiros mais conhecidas da cidade.

A loja está em uma área de 200 m², com 40 metros de vitrine e conta com 40 profissionais, entre cabeleireiros e manicures.

Desenvolvida com exclusividade pelo arquiteto Jair Azo, a arquitetura segue a tendência européia.

Cerca de 90 % da área total do salão fica visível para o cliente que está fora da loja, criando uma interatividade entre o cliente e estabelecimento.

?O Campinas Shopping é um ponto estratégico comercial São Paulo – Interior e o nosso salão quer trazer para o público dessa região uma excelente qualidade em produtos e serviços, sem que o consumidor tenha que pagar muito por isso.

O lema da rede Antony é excelência nos produtos e serviços a um preço justo?, explica José Augusto Nascimento Ribeiro dos Santos, Diretor Comercial da Rede Antony.

Novas normas para o aluguel já estão em vigor

As novas regras que regem as relações entre proprietários de imóveis e inquilinos já valem desde o último dia 25 de janeiro. A recente lei promete impulsionar o mercado, trazendo de volta propriedades afastadas do segmento de locação há muito tempo ao facilitar a negociação e conferir maior segurança às partes. Por um lado, beneficia quem precisa alugar ao flexibilizar a exigência de fiador, permitindo até que contratos sejam firmados sem essa figura. Por outro, favorece o locador ao acelerar os processos de despejo de inquilinos inadimplentes e fortalece a posição dos bons pagadores. ?O mercado tende a melhorar?, avaliou José Augusto Viana, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP). ?Mas esse movimento deve ser lento e seu efeito não será imediato.? Para ele, quem tem imóvel fechado ? e ele diz que, segundo o Ministério das Cidades, são 4,5 milhões de propriedades vagas em todo o país ? deverá esperar as primeiras decisões judiciais antes de se posicionar. O mercado deve reagir conforme a interpretação dos juízes e a velocidade de retomada dos imóveis. ?Quem investe é cauteloso?, disse ele. Para o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun, a nova lei é motivo de preocupação. ?Os lojistas devem tomar muito cuidado para que não sofram com os prejuízos acarretados pela inadimplência.? O Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista), contudo, é mais otimista. ?Nossa avaliação é que a nova legislação vai dar força ao proprietário sem trazer grandes consequências para os lojistas?, analisou Antonio Augusto Carvalho de Moraes, presidente do Sindivarejista. Ele alerta porém para que os lojistas tenham mais atenção aos contratos de aluguel. ?É preciso que esse instrumento especifique o que pode e o que não pode, detalhando regras de fiança, desocupação, reajustes, etc., para que fique bem para todas as partes.? É o que aconselha também a advogada Emanuela Veneri, da Arbimóvel, empresa de arbitragem e mediação de negócios imobiliários. ?Essa lei dá mais agilidade ao mercado e exigirá maior negociação entre as partes para que sejam acertadas questões como a da fiança, por exemplo?, disse ela. A lei que entra em vigor permite que o contrato de locação seja renovado automaticamente no vencimento, passando a vigorar por prazo indeterminado. ?Nesse caso, deixa de existir também a multa rescisória, pois o contrato não tem mais prazo de validade?, explicou Emanuela. Outra mudança especificada pela lei é para os casos de separação judicial, divórcio ou dissolução da união estável, quando o contrato de aluguel passa para a parte que continuar ocupando o imóvel. Com isso, o fiador deverá ser comunicado da mudança no titular do contrato e ele ? fiador ? terá a possibilidade de solicitar a sua desoneração do compromisso em um prazo de 30 dias, quando começará a contar o período de 120 dias para seu desligamento completo do contrato. Já o inquilino, por sua vez, terá outros 30 dias para apresentar novo fiador. ?São detalhes como esse que, acredito, forçará uma negociação mais estreita entre inquilino e proprietário?, disse a advogada. Isso porque a lei permite que um contrato de aluguel seja válido mesmo que não haja fiador. Nos casos de contrato sem fiador, Emanuela Veneri, da Arbimóvel, aconselha atenção no vencimento. ?O pedido de despejo pode ser solicitado pelo proprietário na Justiça a partir do dia seguinte ao vencimento da obrigação não paga.? O juiz vai analisar e pode concordar. Se a liminar for concedida, o ocupante terá 15 dias para sair. ?Quando há fiador, a tramitação do processo por inadimplência é um pouco diferente, pois aciona o garantidor do contrato.? Em compensação, o inquilino poderá devolver o imóvel a qualquer momento, sem que o proprietário se recuse a receber.

Comércio vai contratar 14 mil temporários para Páscoa

O comércio já começou a contratar trabalhadores temporários para a Páscoa.

A indústria de chocolate praticamente já selecionou os funcionários extras para o período, sobretudo em setembro e outubro do ano passado.

Mas o comércio ainda tem seleção aberta para, pelo menos, 14 mil vagas.

Só a Lacta pretende contratar 6 mil auxiliares e promotores de vendas.

Os interessados devem ter pelo menos 18 anos, ensino médio completo, boa comunicação e capacidade de abordagem dos clientes.

Para participar do processo de escolha, o candidato precisa se cadastrar no site da empresa.

A Nestlé também contará com um reforço expressivo para a Páscoa ? 4 mil temporários.

O trabalho, que começa em fevereiro, dura de dois a três meses e os funcionários podem ser efetivados.

As empresas não divulgam a média salarial, mas a Top Cau, que também está com o processo de seleção em andamento, paga entre R$ 490 e R$ 550.

A Asserttem (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário) projeta que as contratações pelo comércio nesta Páscoa cresçam até 8% na comparação com o ano passado.

A diretora de comunicação da entidade, Jismália Oliveira Alves, ficou surpresa com os números do Natal: as contratações ficaram 8,5% acima do resultado de 2008 e quase 60 mil temporários viraram efetivos – a expectativa era de 7% para o ano passado.

– Ainda não temos pesquisa [para a Páscoa], mas o que aconteceu no Natal nos sinaliza dados positivos.

Se a economia continuar se comportando da mesma maneira, teremos resultados positivos na Páscoa.

A indústria já sinaliza com essas vagas.

O comportamento do mercado no final do ano passado também agradou ao presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), Nabil Sahyoun.

Na época, os shoppings contrataram 140 mil temporários e efetivaram 35 mil ? 25% do total.

Para a Páscoa, Sahyoun projeta que a tendência de contratações vai continuar e afirma que a efetivação depende do perfil do temporário.

– As empresas procuram pessoas talentosa, prestativas, que queiram trabalhar.

Se você provar em 15 ou 30 dias que tem iniciativa, que é bom profissional e que quer abraçar a causa da empresa, com certeza vai ser contratado.

Emilio Alfieri, economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), aponta outro motivo para o temporário se esforçar na Páscoa: a chance de ser chamado para trabalhar nas próximas datas comemorativas.

– Se o funcionário não conseguir a efetivação, pelo menos ele melhora as chances de ser chamado em outra oportunidade.

Isso porque a Páscoa inicia o calendário de datas comemorativas e depois vem o dia das mães e o dia dos namorados.

Vale lembrar também que a Páscoa não é só ovo de páscoa: tem outros produtos como bacalhau, peixes, azeite, entre outros.

Bradesco deve comprar banco Ibi no México

O Bradesco está muito perto de comprar 100% do Banco Ibi no México por cerca de R$ 200 milhões.

A expectativa é de que o negócio seja fechado em fevereiro.

Há pouco mais de sete meses, o Bradesco havia pago R$ 1,4 bilhão pelo Ibi no Brasil.

A nova transação trará à instituição cerca de 800 mil clientes mexicanos.

O acordo inclui uma parceria para a comercialização de produtos e serviços financeiros junto aos clientes da rede de lojas C&A no México.

A venda para o Bradesco faz parte da estratégia da holding suíça Cofra, dona da C&A, de se desfazer completamente de suas operações financeiras no mundo.

A primeira unidade a ser desintegrada foi a da Argentina, no primeiro semestre de 2009.

Depois da aquisição do ibi feita pelo banco brasileiro, as negociações para vender a empresa no México ficaram cada vez mais intensas.

A experiência do Bradesco nos segmentos de cartões e varejo contou bastante para que o negócio fosse fechado sem muitas hesitações.

Para o Bradesco, essa transação é uma oportunidade interessante de experimentar atividades num mercado emergente com potencial de crescimento.

Na América Latina, o México tem a maior taxa de financiamento de cartões de crédito comercial.

Dos 6 milhões de plásticos emitidos por redes varejistas no México, uma fatia de 13,3% pertence ao Ibi, que presta serviços exclusivos aos cartões de private label da C&A.

Entre os principais concorrentes no mercado local estão varejistas como El Palacio de Hierro, Sears, Sanborns, Coppel, Chedraui, Famsa, Mixup e Liverpool.

Depois de um período histórico de alternâncias entre nacionalização e privatização de serviços financeiros, o México está disposto a receber investimentos estrangeiros.

Os quatro mais influentes bancos no país, responsáveis por 88% do mercado de cartão de crédito, são instituições internacionais.

Essa enorme presença de capital estrangeiro se justifica diante de um cenário em que cerca de 40% da população do país ainda não possuem serviços bancários como conta corrente ou corretagem de seguros, por exemplo.

Três brasileiras estão entre as maiores varejistas do mundo

Uma pesquisa feita pela Deloitte em parceria com a revistaStores colocou três empresas brasileiras entre as 250 maiores varejistas do mundo.

O levantamento, feito com base nos dados de 2008, colocou o Wal-Mart como a maior companhia do setor e Pão de Açúcar (92º), Casas Bahia (131º) e Lojas Americanas (200º) como as brasileiras da lista.

A publição descreve 2008 como um ano “tumultuado” para o setor de varejo e onde 61 empresas, ante 44 em 2007, tiveram queda em suas vendas.

“Como os gastos ficaram mais dependentes da renda do que do crédito, varejistas vendendo roupas e acessórios, eletrônicos e materiais de construção, tiveram declínio”, informa a reportagem.

No entanto, mesmo com a crise, as vendas das 250 maiores varejistas do mundo chegou a US$ 3,8 trilhões em 2008, uma alta de 5,5% em relação ao ano anterior.

Além da americana Wal-Mart, as cinco primeiras da lista da revista são completadas por Carrefour (França), Metro AG (Alemanha), Tesco (Reino Unido) e Schwarz Unternehmens Treuhand (Alemanha).