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Indicadores correntes sugerem continuidade da recuperação do comércio em agosto

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado ontem, sugere
que o faturamento do comércio varejista segue se recuperando, inclusive no segmento de bens duráveis. No caso do setor de serviços, que apresentou quedas mais intensas do que as do comércio, o indicador aponta para uma recuperação incipiente, refletindo a flexibilização das medidas de distanciamento social em várias partes do país no começo de julho, que passou a permitir atividades de bares, restaurantes, turismo e transportes. Assim, esperamos uma melhora do setor nos próximos meses.

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Fonte: DEPEC Bradesco

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Online e gratuito, Congresso Abrasel discute a retomada do food service no país

Melhor encontro de conhecimento do setor de alimentação fora do lar no país, o Congresso Nacional Abrasel ocorrerá de forma totalmente online e gratuita. Com o tema: Retomada, o futuro da alimentação fora do lar, o evento irá reunir virtualmente em sua 32ª edição, entre os dias 26 e 28 de agosto, os principais líderes empresariais e da gastronomia para discutir os desafios e apresentar propostas para ganho de produtividade em bares, restaurantes e afins e levar informação e conhecimento para todos que se interessem. Acesse congressoabrasel.com.br e faça já gratuitamente a sua inscrição.

Junto à programação técnica, com painéis e palestras, os participantes poderão desfrutar da feira virtual, com a presença dos principais parceiros da entidade. E, em paralelo, é realizado o Mesa ao Vivo Brasília, pelo 9º ano consecutivo. Mais produtividade e rendimento para quem trabalha no setor.

Segundo o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, o formato digital do Congresso Abrasel traz ganhos disruptivos. “Sabíamos que o momento de transformar o evento físico em digital chegaria, mas não de forma tão abrupta. Tivemos que pensar e estruturar uma forma segura de produzir o Congresso e ajudar da melhor maneira na retomada do setor”, explica. “É uma grande possiblidade de expansão do evento como um todo. Podemos ter palestrantes de qualquer parte do mundo e de forma gratuita”, complementa.

Time de peso

A programação de palestras e painéis terá três eixos de conteúdo:

Eixo 1 – Factual, com temas como marco regulatório, tributário, trabalhista, financiamento e crédito; Eixo 2 – Brasil Novo, com pautas transformadoras – Meios de pagamentos, vendas e pagamentos digitais, privacidade de dados e fake news, economia circular; urbanismo; contexto Brasil e mundo; Eixo 3 – Gestão e consumidor, com temas de empreendedorismo, novos modelos de negócio; digitalização de negócios e processos; delivery e take away; gestão de pessoas, comportamento e relacionamento com o consumidor.

Grandes líderes empresariais estarão a um clique de distância dos participantes do evento. Entre os nomes confirmados, estão: Jean Jereissati, CEO da Ambev; Olivier Anquier, chef do L’Entrecôte d’Olivier, apresentador e empreendedor; Paulo Camargo, presidente do MC Donald’s Brasil; Gilberto Tomazoni, presidente da JBS; Diego Barreto, CFO e VP de Estratégia do iFood; Tom Leite, CEO do Grupo Trigo (Spoleto, LeBonton, Koni e Gurumê); Alexandre Barreto, presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE; Isaac Azac, sócio-fundador da rede de restaurantes Paris 6; Janaína Rueda, chef e proprietária do Bar da Dona Onça (SP); Andressa Cabral, chef e proprietária do Meza Bar (RJ); Roberto Guido, CEO da Z-tech Brasil; Carlos Eduardo Brandt e Breno Lobo, respectivamente chefe adjunto e chefe de subunidade do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central do Brasil; Simone Galante, fundadora e CEO da Galunion.

Inovação na feira virtual

Também em novo formato, a feira que acontece durante o Congresso Nacional Abrasel será totalmente de forma online. A experiência, tanto para o usuário quanto para o visitante, possibilitará novos modelos de interação comercial, conforme explica o diretor de Relações Governamentais e Projetos Especiais da Abrasel, Jaime Recena. “O expositor vai poder contar com aparatos tecnológicos, como lives, vídeos, materiais para download e chat de atendimento para poder expor seu produto e atender os visitantes da melhor forma. Ao mesmo tempo que o visitante terá acesso ao Fórum, ele também terá à Feira”, completa Jaime.

 

Serviço:
32º Congresso Nacional Abrasel | Mesa ao Vivo Brasília
Dias 26, 27 e 28 de agosto
Mais informações: www.congressoabrasel.com.br

O 32º Congresso Nacional Abrasel é uma realização da Abrasel e Mundo Mesa, tem apoio da Fispal Food Service e da Unecs, e conta com os patrocínios de Alelo, Ambev, Coca-Cola, Ecolab, Grupo Petrópolis, Ticket, Souza Cruz, Stone e Sodexo.

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Mercado revisou estimativas para PIB e IPCA 2020 e Selic 2021

Segundo o Relatório Focus, divulgado há pouco pelo Banco Central, o mercado espera contração de 5,52% para o PIB deste ano (ante 5,62% na leitura anterior) e crescimento de 3,5% no próximo ano. Em relação ao IPCA, a mediana das projeções para 2020 subiu de 1,63% para 1,67%, enquanto para 2021, ficou estável em 3,0%. As medianas das expectativas para a taxa de câmbio não foram alteradas, seguindo em R$/US$ 5,20 no final deste ano e em R$/US$ 5,00 no final do ano que vem. Por fim, a mediana das projeções para a taxa Selic permaneceu em 2,0% para o final de 2020, enquanto passou de 3,0% para 2,75% para o final do próximo ano.

Fonte:DEPEC – Bradesco

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Pesquisa nacional com consumidores mostra receio por conta da pandemia do novo coronavírus: vendas devem crescer 10% em relação a julho

A poucos dias da comemoração do Dia dos Pais, a ALSHOP (Associação Brasileiras de Lojistas de Shopping) realizou uma pesquisa entre os dias  27 de julho a 03 de agosto com 5.200 consumidores para entender a expectativa para a primeira data comemorativa do ano onde o comércio está aberto, mesmo com restrições e diversas medidas de prevenção para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.

 

A pesquisa nacional mostra que 81% dos entrevistados desejam ir às compras nesta semana que antecede o Dia dos Pais, enquanto 19% disseram não pretender comprar nenhum presente. Diferente da pesquisa de 2019 onde o ticket médio pretendido era de R$ 160 na data, este ano a maior parte dos consumidores, 32% disse que pretende gastar entre R$ 51 e R$ 100. Outros 14% relatam a pretensão de comprar um presente de R$ 101 a R$ 150, 14% tem a intenção de comprar algo entre R$ 151 e R$ 200 e somente 13% afirmaram que irão gastar mais do que R$ 201.

 

Força da internet

 

O levantamento mostrou a intenção de 46% dos entrevistados ainda pretendem fazer suas compras do Dia dos Pais em plataformas online como aplicativos e e-commerce, 12% devem procurar lojas de rua e 19% preferem lojas de shopping. “A pandemia do novo coronavírus acelerou o consumo online e as marcas que já se consolidaram em formato digital colheram bons frutos durante essa crise e puderam comemorar por ter dado esse passo antes da chegada desta crise. Além disso, 19% pretende comprar presente dentro do ambiente do shopping, percentual maior do que os que têm intenção de fazê-lo nas lojas de rua”, afirma Nabil Sahyoun, presidente da ALSHOP.

 

Entre os produtos mais procurados segundo os consumidores estão vestuário, com 44%, seguido de 12% que deve presentear com perfumes ou cosméticos e 10% informaram a preferência por calçados. Apenas 8% deve procurar um presente eletrônico, categoria que liderou outras pesquisas desse tipo. Sobre a escolha dos meios de pagamento, 42% dos entrevistados afirmaram que vão comprar presente com cartão de crédito parcelado ou carnê da loja e 39% afirmaram que será à vista ou com cartão de débito.

 

Recuperação lenta, dizem lojistas

 

Mesmo com um aumento de intenção de compras via e-commerce, lojistas associados relatam que o fluxo de pessoas nos shoppings vem aumentando gradualmente. Parte dessa pesquisa, desta vez feita com lojistas associados, que representam 1.500 pontos de venda em todo o país, mostra que a expectativa de aumento no faturamento é de 10% em agosto na comparação com o mês de julho de 2020. “Isso nos indica que do ponto de vista do lojista a recuperação está acontecendo de forma lenta, até porque cerca de 20% dos shoppings no país estão fechados e a maioria funciona em horário reduzido, apesar dos rígidos protocolos sanitários adotados nestes empreendimentos”, diz Sahyoun.

 

Protocolos implantados com sucesso

 

Neste momento cerca de 14% dos 577 shoppings centers seguem fechados em todo o país, a maioria nos estados do Sul enquanto a abertura gradual segue principalmente no Sudeste e Nordeste.

 

“Neste processo de reabertura, em diálogo com mais de 20 entidades e 50 empresários em conjunto com a ALSHOP iniciamos o “Instituto Unidos pelo Brasil”, que é uma iniciativa de alerta para a sociedade civil para promovermos uma retomada consciente da economia para preservar a saúde, mas também o emprego e a renda neste cenário de crise”, diz Sahyoun. O Instituto Unidos Pelo Brasil já está nas redes sociais, em vídeos de conscientização e em uma ampla campanha na internet, em veículos de comunicação impressos, rádios e até na televisão aberta. “Vamos engajar a sociedade nesta iniciativa de retomada consciente da economia pois se trata de um ciclo e não podemos deixar o choque de demanda resultar em mais prejuízos, desemprego e queda de arrecadação que nos impediria de sair desta dura crise!”, finaliza.

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Boletim Economico

O Mercado continuou revisando projeções para PIB e IPCA deste ano.
Segundo o Relatório Focus, divulgado há pouco pelo Banco Central, o mercado espera contração de 5,66% para o PIB deste ano (ante -5,77% na leitura anterior) e crescimento de 3,5% no próximo ano. Em relação ao IPCA, a mediana das projeções para 2020 oscilou de 1,67% para 1,63% e ficou estável em 3,0% para 2021. As medianas das expectativas para a taxa de câmbio não foram alteradas, seguindo em R$/US$ 5,20 no final deste ano e em R$/US$ 5,00 no final do ano que vem. Por fim, as medianas das projeções para a taxa Selic permaneceram em 2,0% e 3,0% para o final de 2020 e de 2021, respectivamente.

 

Fonte: DEPEC Bradesco

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WEBINAR – Oportunidades e retomada do varejo em Shopping Centers

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Surpresa positiva com os dados de mercado

Surpresa positiva com os dados de mercado de trabalho refletiu a
retomada da atividade econômica e os efeitos de proteção ao emprego.

Houve destruição líquida de 11 mil postos formais de trabalho em junho, conforme apontado ontem na divulgação do Caged. O dado reportado foi muito melhor do que o esperado por nós (-160 mil) e pelo mercado (-220 mil), com surpresas positivas generalizadas dentre as atividades econômicas. Descontados os efeitos sazonais, houve fechamento líquido de 28,5 mil vagas no período, o que levou a média móvel trimestral de -487 mil para -427 mil. O mercado de trabalho continua desafiador nos próximos meses, mas com sinais mais favoráveis que o esperado no curto prazo. Os indicadores antecedentes de julho sugerem continuidade da melhora no período.

o Sondagem da Indústria aponta para continuidade da recuperação do setor no começo deste trimestre. O Índice de Confiança da Indústria, divulgado hoje pela FGV, subiu 12,2 pontos em julho, para 89,8 pontos. Esse avanço, ligeiramente menor que o reportado na prévia, foi puxado pelos dois componentes, o de situação atual e o de expectativas. O nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) do setor avançou de 66,6% para 72,3%, maior patamar desde março.

Fonte: DEPEC – Bradesco

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Cenário vai se desenhando “menos negativo” que o esperado

 

o    Os dados de atividade seguem surpreendendo positivamente, sugerindo um recuo menos intenso do PIB neste ano. Além da melhora em diversos indicadores, há sinais de alguma estabilização no ritmo de disseminação da doença, reduzindo os temores de uma segunda onda.

 

o    Revisamos nossa estimativa do PIB deste ano de -5,9% para -4,5% e esperamos crescimento de 3,5% em 2021. A produção industrial e as vendas do varejo têm confirmado o movimento mais forte de melhora dos índices de confiança.

 

o    O ajuste nas contas externas deve ser mais moderado daqui para frente. A confirmação de um cenário doméstico mais positivo e redução da aversão ao risco abrem espaço para que a taxa de câmbio fique em R$/US$ 5,10 ao final deste e do próximo ano.

 

o    O IPCA deve encerrar 2020 em 1,9%, chegando a 3,1% em 2021. Esse processo de aceleração da inflação é esperado após um período atípico de deflação durante a pandemia, ocorrendo, portanto, uma gradual normalização em direção ao centro da meta.

 

o    Dessa forma, esperamos que a Selic permaneça em 2,25% até o final deste ano e que encerre 2021 em 3,00%. O balanço de riscos continua sugerindo cautela para este ano. Em 2021, com uma aceleração mais forte do crescimento no Brasil e no mundo, diminuição da incerteza (e com ganho de importância ao longo do ano das projeções de 2022 para o cenário prospectivo do BC) esperamos o início da normalização da política monetária na direção do juro neutro.

 

Fonte: DEPEC – Bradesco

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Como o varejo quer recuperar seu poder de atração física

Por Roseani Rocha e Thaís Monteiro

Durante as medidas de isolamento social impostas pela pandemia do novo coronavírus, o comércio eletrônico, há tempos introduzido ao consumidor, deu uma guinada. Somente entre 17 de março e 27 de abril deste ano, o e-commerce teve um aumento de 48,3% de faturamento em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados da Ebit, empresa da Nielsen. Com a reabertura gradual instituídas em vários estados do País, agora as marcas têm o desafio de atrair o público de volta para os pontos de venda físicos.

Até o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings, os verdadeiros templos do varejo físico, reconhece a necessidade da digitalização. Nabil Sahyoun afirma que principalmente os pequenos empresários precisam começar a se preocupar em estar no e-commerce e no ambiente digital. Os shoppings começaram a ter suas próprias plataformas, antes mesmo do crescimento do e-commerce motivado pela pandemia, ou seja, alguns há cerca de dois anos. “Tem uma parte (dos lojistas) que aderiu, outra não, porque depende de questões de produtos, de não acerto de comissionamento com a plataforma do empreendimento. Mas esse processo é irreversível, diria que é fundamental, principalmente agora na pandemia, em que os volumes de e-commerce estão crescendo bastante”, pontua o executivo.

Alta do e-commerce e volta ao físico

Na percepção de executivos como Eduardo Javarotto, diretor de varejo do Grupo Boticário, o período restrito de fato fez crescer o interesse por inovações e novos formatos de consumo que já eram vistos anteriormente mas foram reforçados por um público que resistia fazer compras digitalmente e não viu outras opções durante a pandemia. “Grande parte das pessoas tinha receio, seja por desconhecimento ou fricções de como operar nesse universo, seja por insegurança de compartilhar dados pessoais, ou pela conveniência de ter sempre. uma de nossas lojas bem pertinho de sua casa”, conta.

Toda a estratégia de um evento ou espaço físico tem relação com a experiência agregada do consumidor. Com base nessa perspectiva, Chilli Beans acredita que o público tem uma demanda reprimida pelo contato físico e experiências únicas que são geradas pelo PDV, o que faz com que a volta seja forte. “Os consumidores vão buscar esse contato de forma ávida e vai se destacar quem tiver boas histórias e valor agregado. Se olharmos para outros países que estão retomando a atividade econômica, é possível ver o consumidor voltando ávido ao ponto de venda e essa demanda, que antes estava reprimida, tem se refletido em números”, afirma Caito Maia, CEO da Chilli Beans.

As marcas podem dar sua força, segundo o presidente da Alshop, incentivando que o consumidor esteja presente nas lojas por meio de descontos e vantagens especiais. Cada uma deve, segundo ele, analisar a ficha de seus clientes, ver se no passado determinada pessoa era um consumidor mensal, semanal ou até um dia sim, dia não, no sentido de oferecer vantagens corretas.

Riachuelo: físico e digital em contato, mesmo antes da pandemia (Crédito: Divulgação)

Demetrio Teodorov, Head de Pesquisa e Desenvolvimento da Riachuelo, destaca que a pandemia realmente mudou a forma como os consumidores da marca compram e interagem com os espaços físicos, mas, afirma, a Riachuelo sempre teve a inovação e tecnologia presentes na rotina das lojas, unindo os ambientes on e offline dentro da experiência do cliente. “Isso está sendo ainda mais acelerado nesse momento. Estamos em constante evolução, ressignificar e buscar novas soluções é o que nos mantém próximos das pessoas e na vanguarda do setor”, diz.

Medidas de segurança

Levando em consideração que muitos consumidores ainda estão receosos com a transmissão do vírus e seguindo as recomendações das organizações de saúde, as empresas estabeleceram novos protocolos para os ambientes das lojas.

Sahyoun, da Alshop, pontua, neste aspecto, que é função das grandes lojas, as chamadas âncoras, principalmente, transmitir tranquilidade – a um consumidor que ainda está angustiado – em relação à questão da segurança. “É preciso mostrar que esses empreendimentos, e as lojas principalmente, têm uma segurança diferente do que acontece hoje no comércio de rua, nas feiras livres, em qualquer órgão público”, diz.

O Boticário definiu que os consultores têm um papel importante na manutenção do local. As embalagens e aplicadores descartáveis estão sendo manipulados e entregues ao consumidor apenas pelos vendedores e descartados na sequência. Embalagens reutilizáveis devem ser higienizadas com álcool após o uso. Já as maquiagens, que envolvem mais contato com as mucosas do rosto, são testadas com um espelho virtual para simulação do produto.

Na Chilli Beans, foi adotado um protocolo que inclui a distribuição de totens com álcool em gel pelos espaços do ponto de venda, uso de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) pelos vendedores, distanciamento social durante o atendimento e higienização dos óculos expostos a cada uma hora.

Canais: tudo junto e misturado

O desequilíbrio entre as fontes de receita do PDV e do digital e indefinição sobre o comportamento do consumidor nessa retomada gradual da economia e reabertura de espaços físicos, incluindo comércio de rua e shoppings centers, reforça uma transformação que já estava em curso antes da pandemia: a estratégia cada vez mais omnichannel. As empresas e franquias têm buscado forma de integrar a venda física com o processamento digital e assim trazer um ganho para ambos os ambientes. “Sempre entendi que a solução multicanal é a melhor para o mercado, principalmente para as marcas consolidadas”, pontua Nabil Sahyoun, da Alshop, ainda que avalie que essa solução de estar no físico e no digital é essencial hoje inclusive para médias e pequenas marcas.

Além dos protocolos rígidos e higiene e segurança, a Riachuelo, implementou alternativas para facilitar o atendimento, como a venda por WhatsApp e Drive-Thru. Na reabertura, além desses novos canais, reforçou o recurso de pick-up de compras online nas lojas físicas, os lockers e o pagamento mobile. “Já vínhamos em um processo forte de união do ambiente digital e o físico e seguimos construindo novas soluções junto com parceiros e startups através de eventos como o Demodays, fomentando o ecossistema de microempresas no Brasil, e parcerias com instituições de ensino, como a UFPE, em que estamos desenvolvendo projetos sobre estratégia omnichannel junto à empresa júnior da universidade”, revela Demetrio Teodorov.

A Chilli Beans também criou algumas soluções no período. Entre elas, o atendimento pelo WhatsApp e venda por telemarketing no serviço denominado Tele Chilli, em que os vendedores entram em contato com clientes do bando de dados da empresa. Além disso, como forma de complementar o físico e o digital, a Chilli Beans enviou maletas higienizada com produtos para a casa dos clientes. Dessa forma, ele escolhia qual comprar entrando em contato com os modelos.

“Esse movimento do consumidor ver o físico comprar no online, e vice versa, é essencial para a saúde do negócio. Mas também estamos nos planejando para trazer ainda mais inovação às nossas lojas nesse momento e no pós-pandemia. A Chilli sempre foi uma marca que tem histórico em criar experiências para o consumidor e acredito que esse tipo de atitude vai ganhar ainda mais destaque num futuro próximo.”, explica Maia.

De acordo com Javarotto, as lojas físicas de O Boticário já estavam vivendo um processo de ressignificação da experiência e jornada dos consumidores de forma omnichannel. Algumas soluções já estavam começando a ser usadas no PDV. Todo esse processo ajudou a mitigar o impacto da restrição física e deve acelerar agora na reabertura.

“Continuamos acreditando nesse papel forte de experiência e curadoria que entregamos aos nossos clientes em nossas lojas e, é claro, cada vez mais incorporando novas tecnologias e canais nessa jornada integrada do consumidor com as nossas marcas e produtos”, diz. “Ao mesmo tempo, nada tira o prazer de ir a uma loja, sentir o cheiro do produto, a textura de um creme, as cores vivas de uma maquiagem. No fim, os dois ambientes vão continuar se completando, atendendo a perfis de diferentes consumidores, seja aquele que faz questão de estar num ambiente físico, seja o que prefere receber o produto em casa”, complementa o executivo.

Também para Teodorov, da Riachuelo, o caminho – percorrido agora de maneira mais acelerada – é a evolução entre físico e digital, ou experiência e conveniência: “O físico não vai acabar, mas as pessoas estarão mais habituadas ao uso do digital e, com isso, os ambientes físicos e online serão complementares, coexistindo em harmonia”.

**Crédito da imagem no topo: Qualcomm Snapdragon/Pexels