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HECTOR NUÑEZ:
:
Sim, há planos de expansão para
toda a rede. Já operamos de Norte a Sul do país e, a partir de
agora, entraremos fortemente em mercados onde há falta de
oferta de itens do nosso segmento de atuação, principalmente
nas regiões Nordeste, Centro Oeste e Norte. A ideia é levar
a rede a novos lugares. Não há grandes diferenças entre
os consumidores devido às regiões, mas como o consumo
ainda é muito menor do que o potencial, principalmente nas
localidades apontadas, faremos uma adequação do sortimento
das lojas, incluindo no mix produtos um pouco mais baratos do
que os comercializados no Sudeste, por exemplo.
O SENHOR ACREDITA QUE O APORTE
FINANCEIRO DE EMPRESAS E GRUPOS
ESTRANGEIROS SEJA UMA TENDÊNCIA PARA
O VAREJO BRASILEIRO? POR QUÊ?
HECTOR NUÑEZ:
Sim, acredito que o aporte financeiro
de empresas estrangeiras seja uma tendência para o varejo
brasileiro, principalmente devido às diferenças que existe
entre o varejo daqui e no exterior. Nos Estados Unidos e no
México, por exemplo, existem as big boxes, as grandes redes
de departamentos, enquanto aqui no Brasil a cultura é de
um varejo especializado, segmentado. Essa diferença atrai o
mercado estrangeiro. Além disso, o Brasil se tornou um mercado
estratégico: mesmo com o grande crescimento do consumo,
impulsionado pelos integrantes da nova classe média. Desde
2005, essa nova classe social recebeu de 40 a 50 milhões de
novos consumidores. Note que, atualmente, menos de 1% da
população está na classe E. E a expectativa é que, nos próximos
três anos, outros 30 a 40 milhões de brasileiros ingressem nessa
faixa econômica, que chamados de “classe emergente”. Eles
continuarão tendo acesso ao consumo de produtos e serviços.
A RI HAPPY ATUAVA NO SISTEMA DE
“CONSIGNAÇÃO DAMERCADORIA”.
O PROCESSO CONTINUA EM VIGOR NA
REDE? POR QUÊ?
HECTOR NUÑEZ:
Sim, o processo continua em vigor
nas lojas da Ri Happy e será implementado nas lojas da
PBKids a partir de 2014. Esse é um sistema que traz ganhos
para todos os envolvidos: para os fornecedores, que têm a
possibilidade de alavancar as vendas incrementais, e para a
rede, que pode manter um mix completo de mercadorias ao
longo do ano.
O SEGMENTO DE BRINQUEDOS É
ALTAMENTE SAZONAL, COM GRANDE
PARTE DAS VENDAS CONCENTRADAS
ENTRE O DIA DAS CRIANÇAS E O NATAL.
ESSA SAZONALIDADE CHEGA A SER UM
PROBLEMA?
HECTOR NUÑEZ:
Essa sazonalidade gera vendas
concentradas, mas nos preparamos com pessoal adicional e
com programas de marketing constante para maximizar as
vendas nesse período. Entretanto, todo dia tem aniversários,
festinhas e outras atividades que requerem brinquedos. Os
brinquedos têm aspecto funcional no desenvolvimento das
habilidades motoras e educacionais das crianças. Assim,
vendemos muito bem durante todo o ano. A Ri Happy cresce
12% ao ano há 10 anos. Ainda notamos uma baixa penetração
de brinquedos nessa classe emergente e percebemos que
podemos crescer 10% a mais nesse público.
Acabamos de vivenciar um momento muito especial, o Dia
das Crianças, e podemos afirmar que os pais podem até “se
apertar”, mas que não deixam de presentear os filhos.
O ATENDIMENTO PERSONALIZADO SEMPRE
FOI APONTADO COMO UMDIFERENCIAL
DA RI HAPPY. COMO ESTÁ O INVESTIMENTO
NESSA ÁREA?
HECTOR NUÑEZ:
O atendimento está no DNA da
empresa, na nossa proposta de valor, e também iremos reforçar
essa ideia na PBKids. Somos reconhecidos por esse diferencial
investimos em treinamento intenso ao longo do ano para que os
nosso atendimento possa sempre demonstrar a funcionalidade
do produto. Nós não vendemos apenas o produto, nós também
prestamos um serviço.
RI HAPPY
PB KIDS
THE CARLYLE GROUP