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“Estar na Oscar Freire gera prestígio para
qualquer marca, mesmo as grifes de luxo
internacionais”, acredita Marcos Hirai. Ele
pontua que “Quando uma empresa como a
EXPERIÊNCIAS
Natura. O endereço é icônico para a
marca de cosméticos, que teve a sua
primeira unidade física instalada na
badalada rua nos anos 1970. Desde o
início de 2012, os consumidores podem
conhecer linhas inéditas e produtos
exclusivos da Natura, além de vivenciar
os valores da empresa nas mais diversas
formas de expressão. Massagens, cursos
de automaquiagem, experiências olfativas,
visagismo e uma agenda especial de
palestras, exposições e até shows musicais
são os chamarizes da perfumaria para atrair
e conquistar o público – geralmente bem
‘descolado’ – que transita na região.
Dois mil e quinhentos itens à venda, sendo
20% deles exclusivos: essa é a configuração
da flagship que a Chilli Beans instalou na
Oscar Freire em 2013. Além de parcerias
inéditas com estilistas e artistas, a loja
abriga um palco para apresentações e
atividades culturais. A customização é outra
opção oferecida pela grife na loja-conceito:
o cliente poderá escolher entre vários shapes
de óculos, cor de lentes, de hastes e também
texturas e grafismos, criando uma peça
única, que pode levar para casa em minutos.
“Essa loja representa o posicionamento da
marca. Com espaço para palco, exposições
e workshops, nosso plano é manter o espaço
sempre ativo”, explica o criador da Chilli
Beans, Caito Maia.
Riachuelo decide abrir uma loja na região, é
porque ela quer ser reconhecida pelo público (e
pela concorrência) como uma marca de moda”.
A opção por um ponto de venda totalmente
diferenciado – do layout à arquitetura, do
produto ao atendimento – é a demonstração
de que as empresas querem se dissociar da
imagem de popular.
E as novas experiências parecem, mesmo,
ser a propostas das marcas populares para
fisgar as clientes. Por isso, a opção pelas
lojas-conceito, oferecendo muito mais do que
os produtos – que podem ser encontrados
em qualquer unidade das redes em questão.
Muito mais do vender, as empresas usam as
flagships como estratégia de marketing para
reforçar a imagem da marca. “A Oscar Freire
é uma espécie de entrada para o clube de
varejistas maduros. A maioria das operações
não gera lucro, mas as empresas têm um
ganho indireto na imagem. Funciona mais
como marketing”, diz ele.
Não por acaso, a maioria aluga imóveis
amplos, com espaços para festas, onde possa
se relacionar com a imprensa e promover
eventos. “Por outro lado, o prestígio de estar
num ponto como a Oscar Freire beneficia
todas as outras lojas da rede”, pondera Hirai.
O especialista acredita que as empresas
estão certas ao se anteciparem à
concorrência com os grandes players
mundiais, que se instalaram no Brasil
recentemente – ou que já anunciaram a sua
chegada. “No exterior, é comum a classe
média comprar em lojas de departamento,
um hábito que ainda não se repete por aqui”,
avalia. E o convívio entre as marcas de luxo
e as (até então) populares tem tudo para ser
benéfico para todos. Como se vê em outros
centros comerciais mundo afora.
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